Um amigo e também um vilão da saúde mental...

O café combina prazer sensorial com efeitos neuroquímicos que explicam sua popularidade. Eu adoro um cafézinho.

A cafeína atua bloqueando os receptores de adenosina, reduzindo a sensação de cansaço e promovendo maior liberação de neurotransmissores como dopamina e noradrenalina. Esses compostos estão ligados à vigília, motivação e foco, resultando em mais energia e clareza mental logo após a ingestão.

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Porém, ao prejudicar o acúmulo natural de adenosina, a cafeína também atrapalha o ciclo sono–vigília. Sua meia‐vida de cerca de 5–6 horas pode estender-se ainda mais em algumas pessoas, chegando a mais de 10 horas. Onde sua completa eliminação pode ultrapassar mesmo as 24 horas.

Ou seja... Embora muitos não admitam, ela vai sim prejudicar o seu sono.

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Ao atrasar o início do sono e reduzindo seu estágio profundo, período crucial para a regeneração cerebral e para o equilíbrio de neurotransmissores como serotonina e GABA, fundamentais para a regulação do humor e do relaxamento.

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Um sono reparador, necessida de no mínimo 5-6 horas de sono completamente ininterrupto. Já observou se você acorda durante a noite interrompendo este ciclo fundamental?

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A falta de sono reparador eleva níveis de cortisol e desregula os sistemas de serotonina, aumentando a irritabilidade, a ansiedade e a predisposição a sintomas depressivos. Esse efeito em cascata — mais café para combater o cansaço, sono comprometido e mais estresse — pode virar um ciclo difícil de quebrar.

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Além disso, o consumo frequente de café gera tolerância aos efeitos da cafeína, pois o cérebro ajusta a sensibilidade de seus receptores de adenosina. Quando o consumo é reduzido abruptamente, surge a abstinência, marcada por dores de cabeça, sonolência e mau‐humor.

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Para a maioria das pessoas, doses moderadas (200–300 mg de cafeína por dia, cerca de 2–3 xícaras) são seguras e oferecem benefícios sem grandes riscos.

No entanto, se você já enfrenta ansiedade crônica, insônia ou variações de humor, vale a pena repensar o consumo de estimulantes. Controlar a ingestão de café e investir em boas práticas de sono — horário regular, ambiente tranquilo e escuro — pode ser decisivo para manter sua saúde mental em equilíbrio.

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Vale destacar, cerca de 20% da população irá apresentar sintomas de dependência química ao café.
E isso terá impactos diretos na qualidade da saúde mental.